Ele aumenta a velocidade usando o controle que ele segurava como um troféu em suas mãos.
Ele alcança minha boca e me beija profundamente, finalizando me provocando com os dedos em meus lábios. Eu ainda estou queimando, desejando-o dentro de mim.
Ele se afasta. Nós terminamos de nos recompor. E antes de colocar a máscara de diabo ele me diz:
– Eu queria te levar para hotel agora, tirar este maldito vestido do seu corpo. Por mais gostosa que esteja nele, eu quero você nua sob mim. Quero me afundar em sua carne, sentir nosso suor misturados as tuas lágrimas de prazer e os meus gemidos a cada aperto seu no meu pau.
Eu o interrompo-o.
– Não temos que voltar para a festa. Podemos sim ir para o hotel.
Ele me presenteia com seu sorriso perfeito e diz:
– Sabrina sua pequena diaba por, isto que te amo.
Ao ouvir as palavras de sua boca nossos olhares se encontram, meu coração disparado parece querer pular em Vincenzo. Ele afasta o cabelo do meu rosto e me diz.
– Eu amo sua devassidão, é tão fodidamente perfeita para mim.
Ele parece ter se arrependido do que disse e está tentando mudar o foco, e eu o entendo. Porque sei lidar exatamente com o Vincenzo, o Diable, como ele mesmo se denominava para mim todo o tempo. Mas o Vincenzo que sentia algo por mim além de sexo, desejo, luxuria. Este, eu não sei o que fazer. Porque dentro de mim, está uma confusão.
Eu tento não demonstrar meu nervosismo quando respondo:
– Também amo sua devassidão.
Ele sorri e me puxa para os seus braços. Suas mãos apertam minha bunda enquanto ele surrurra ao meu ouvido:
-Então é melhor para de me testar! Seu coração pode ser livre, mas seu corpo me pertence.
Eu sorrio perversamente, aperto seu pau e me aproximando dos seus lábios sussurro:
– E a dona aqui sou eu.
Ele geme e me invade a boca em um dos seus beijos que me inchavam os lábios e me deixavam molhada.
Quando ele me solta, Artic Monkeys do you wanna know tenta nos confrontar com a realidade.
Sinto os músculos de sua mão se tensionar ao pegar a minha. Ele me leva para a fora do privê, descemos as escadas indo direto para a pista de dança. Iniciamos a dançar levados pelas palavras da canção.
Será Que Quero Saber?
Você está com as bochechas coradas?
Você já teve aquele medo de não poder mudar
O tipo que gruda como algo em seus dentes?
Há algum Ás na sua manga?
Você não faz ideia de que é minha obsessão?
Sonhei com você quase todas as noites essa semana
Quantos segredos você consegue guardar?
Porque existe essa música que encontrei
Que me faz pensar em você de alguma forma
E eu a coloco para repetir
Até eu pegar no sono
Derramando bebidas no meu sofá
(Será que quero saber)
Se esse sentimento é recíproco?
(Triste por te ver partir)
Eu meio que esperava que você ficasse
(Querida, nós dois sabemos)
Que as noites foram feitas principalmente
Para dizer coisas que não se pode dizer no dia seguinte
Me arrastando de volta para você
Já pensou em ligar quando você tomou umas?
Porque eu sempre penso
Talvez eu esteja muito ocupado sendo seu para me apaixonar por outra pessoa
Agora pensei bem sobre isso
Me arrastando de volta para você
Então, você tem coragem?
Estive pensando se seu coração ainda está aberto
E se estiver, quero saber que horas ele fecha
Se acalme e prepare seus lábios
Sinto muito interromper, é que apenas estou constantemente à beira
De tentar te beijar
Mas não sei se você sente o mesmo que eu sinto
Mas poderíamos ficar juntos se você quisesse
(Será que quero saber)
Se esse sentimento é recíproco?
(Triste por te ver partir)
Eu meio que esperava que você ficasse
(Querida, nós dois sabemos)
Que as noites foram feitas principalmente
Para dizer coisas que não se pode dizer no dia seguinte
Me arrastando de volta para você (arrastando de volta para você)
Já pensou em ligar quando você tomou umas? (Você tomou umas?)
Porque eu sempre penso (porque eu sempre penso)
Talvez eu esteja muito (talvez eu esteja muito ocupado)
Ocupado sendo seu (sendo seu)
Para me apaixonar por outra pessoa
Agora pensei bem sobre isso
Me arrastando de volta para você
(Será que quero saber)
Se esse sentimento é recíproco?
(Triste por te ver partir)
Eu meio que esperava que você ficasse
(Querida, nós dois sabemos)
Que as noites foram feitas principalmente
Para dizer coisas que não se pode dizer no dia seguinte
(Será que quero saber?)
Ocupado demais sendo seu para me apaixonar
(Triste por te ver partir)
Já pensou em ligar, querida?
(Será que quero saber?)
Você me quer arrastando de volta para você?
A música é cruel e somos envolvidos pela batida. Eu giro meus quadris provocando-o. Seus olhos através da máscara me queimam como as labaredas do inferno. O seu inferno onde eu continuo caindo, me deixando levar na sua perversão.
Ele alisa meu corpo, nossos corpos estão sincronizados. O diabo e a sua súcubo repletos de luxúria. Prontos para flamejar pela eternidade em meio aos lençóis, provando todos os pecados carnais que alimentava este desejo.
O perfume dele era viciante, assim como todo o resto. Se ele não estivesse com esta máscara eu já estaria devorando cada beijo seu, até convencê-lo a me possuir por completo em algum ângulo desta boate.
Um maldito delicioso tremor me invade em uma dança maligna, fazendo minha buceta se contrair. Por um momento eu paro a respiração e os movimentos da nossa dança. Eu não vejo seu sorriso sínico, mas sei que ele está lá por debaixo daquela máscara. Este tremor é o seu maldito controle que me faz literalmente vibrar com a ben wa (bola de pompoarismo) dentro de mim. Ele me puxa para mais um movimento de dança. Eu o acompanho e ele finaliza pegando minha cintura e me levantando como se não pesasse nada, me deixando deslizar sobre seu corpo na descida. Além do seu corpo bem definido, sinto uma ereção surgindo. Ele realmente quer me torturar.
Ele me vira e de maneira provocante diz ao meu ouvido:
– Melhor eu te levar para o bar querida, você precisa se hidratar bem. Porque vou beber cada gota vinda de você e só te deixarei ir quando eu estiver saciado minha sede de você.
Meu coração continua acelerado, entre minhas coxas está tudo molhado e falta pouco para escorrer perna abaixo os meus fluidos de excitação por este demônio maldito. Eu nem tento responder ou argumentar. Eu o acompanho. Ele vai para a parte ViP do bar, nos sentamos perto do palco onde neste momento acontece uma exibição de um casal em um 69 selvagem, Ele me deixa sentada bem ali e se dirige ao bar. Sei que ele fez de propósito, afinal poderia esperar o garçom vir nos servir, mas ele queria me deixar fora da zona de conforto. Mal sabe ele que ele já fez isto bem antes de eu embarcar naquele avião.
Um calor maldito me consuma, a penumbra do ambiente, as luzes de cor quente, a cena do casal a minha frente. O vibrar cada vez mais intenso vindo de dentro de mim, ele já deve ter acionado o controle em modo repete. Eu tento respirar calmamente, mas a onda de tesão está incontrolável. Tudo em volta parece ativar meus instintos. E agora o inebriante perfume de Vincenzo me invade o olfato.
Ele se senta do meu lado, coloca uma garrafa de champagne Veuve Clicquot na mesa a nossa frente. Ele serve uma taça e me entrega. Ao servir, ele tira sua máscara e a coloca ao lado da garrafa. O seu sorriso sínico estava lá. Ele levanta a taça e me fala:
– Você está bem Sabrina? Está muito silenciosa.
Eu bufo e tentando manter a pouca postura que me resta respondo:
– Claro que estou bem! Vamos fazer um brinde?
Ele alarga o sorriso e ergue a taça para mim. Enquanto bebemos, eu olho cada músculo do seu peitoral bem definido. O volume na sua calça mesmo que sem uma ereção total, ainda ficava bem evidente. Me mexo de um lado para outro no sofá de couro tentando achar uma posição que eu não sinta o dildo dilatar minha bunda. E nem a vibração que está me deixando sem fôlego.
Ele alisa meu rosto. Olhando-me direto nos olhos, ele pega na minha cintura e me faz sentar em cima dele. Eu me encaixo em seu colo, minhas pernas ao lado do seu corpo. Minha buceta agora encostava o couro de suas calças, meu nariz estava próximo ao seu rosto e eu sentia seu cheiro. Eu me sentia ardendo dentro e fora. Ele passeia com as mãos nas minhas costas, sua boca no meu pescoço. Eu não consigo controlar e deixo escapar um gemido. Ele para e novamente me olha bem no fundo dos olhos enquanto sussurra:
– Goze para mim! Por favor querida.
Como se meu corpo esperasse somente isto, eu me liberto, eu me abandono. Estava eu novamente sendo arrastada para o seu submundo e meu corpo venerando aquele delicioso demônio na minha frente. Seus olhos claros pareciam cintilar com os flashes de luz do ambiente. Ele me segura mais forte e quando estou a ponto de gemer alto ele me invade a boca, uma de suas mãos na minha nuca a outra em minhas costas me pressionando contra ele.
Sinto minha buceta molhada e sua ereção dando sinal. Eu sabia que estávamos sendo observados, afinal todos estavam ali a princípio para voyerismo. Alguns ultrapassavam isto e faziam trocas de casais e orgias. Mas nós, não. Nós gostávamos de nos excitar com aquele ambiente, fizemos até alguns amigos por lá. Mas ali para nós era um abismo de luxuria onde juntos saltávamos para uma imensa libertinagem que nos invadia e deixava esta nossa relação se assim podia se dizer, ainda mais cumplice.
Eu ainda respiro ofegante dentro do seu abraço, e ele não está imune ao que vivi neste momento. E não falo somente da ereção sob sua calça. Mas seu olhar me dizia que estava tão confuso quanto eu.
Então eu novamente tenho forças para falar:
– Eu preciso de ar, preciso sair um pouco lá fora.
Ele sorri e me ajuda a levantar de seu colo. Ao pegar na minha mão pude sentir o quanto a sua mão estava suada. Não falamos mais nada, nos entendíamos bem, isto era um fato, sempre foi assim. Vestimos nossos casacos e saímos para a noite fria lá fora. Ele sempre segurando minha mão. Quando penso que ele vai parar na frente da boate ele continua caminhando indo em direção ao estacionamento. Eu tento parar ele. Ele não me perguntou se eu queria ir para outro lugar, e ele sempre o fazia. Parecendo ler meus pensamentos por cima de seu ombro ele olha para trás e me diz:
– Alguma objeção em ir para o hotel?
Diante da minha falta de resposta ele continua:
– Tudo o que mais desejo é ficar com você a sós. E você pediu isto antes de mim…
Eu o faço parar e digo:
– Sim, eu realmente pedi. Eu só estranhei, você queria tanto ficar na festa. E…
Ele se gira, fica bem na minha frente abaixa seu rosto e fixa seu olhar no meu dizendo:
– Tudo o que eu quero é você! E está bem aqui na minha frente.
Novamente o clima entre nós era tenso. Mas também quente, cheio de excitação. Eu podia sentir cada respiro dele, cada musculo tensionar. As batidas do meu coração eram sempre mais fortes, as vibrações dentro de mim me dificultavam os pensamentos. Então eu exclamo:
– Por favor, desligue isto. Eu já estou ardendo o bastante por você. E agora não consigo nem raciocinar.
Finalmente as coisas entre nós voltaram a ficar leves. Ele sorri e me provoca:
– A ideia é esta querida. Quero você ardendo. Estou faminto por você.
– Vai prometendo. Quero só ver.
Ele pisca e me leva para o carro. Quando abre a porta para mim, ele me provoca, roçando seu braço no meu corpo, aproximando seu rosto do meu. Ele segura minhas mãos e coloca o controle entre elas.
Eu abro um sorriso vitoriosa dizendo:
– Nossa um sinal de que você tem coração!
Ele não diz nada, fecha a porta do carro e caminha lentamente para a outra parte. Ele entra no carro. E começa a dirigir.
E aí estava ele; o maldito silencio, o maldito gelo entre nós. Estava se tornando cada vez pior nos nossos últimos encontros. E eu me perguntava onde foi que nos perdemos se é que algum dia nos encontramos em alguma realidade.
Eu me perguntava se isto era algo que só eu estava realmente pensando. Isto tinha que mudar. Ou voltaríamos a ser o que éramos, a funcionar como sempre funcionamos ou teríamos que dar um fim nisto. Pois estava ficando estranho. Não é que o tesão tinha diminuído, muito pelo contrário. Mas tinha algo que eu não conseguia entender. Eu mexia no meu celular, disfarçando a tensão que entre nós se instalava. Ele ligou o som do carro. E que ironia o destino iniciar a gritar nos nossos ouvidos através da voz Daisy Gray – Wicked Game
O mundo estava pegando fogo e ninguém poderia me salvar, a não ser você
Estranho o que o desejo faz com as pessoas tolas façam
Eu nunca sonhei que conheceria alguém como você
E eu nunca sonhei que perderia alguém como você
Não, eu não quero me apaixonar
Não, eu não quero me apaixonar
Contigo
Que jogo perverso você joga para me fazer sentir assim
Que coisa perversa você faz para me deixar sonhar com você
Que coisa má de se dizer, você nunca se sentiu assim
Que coisa perversa você faz, para me fazer sonhar com você
Agora, eu não quero me apaixonar
Não, eu não quero me apaixonar
Contigo
Contigo
O mundo estava pegando fogo e ninguém poderia me salvar, a não ser você
É estranho o que o desejo fará as pessoas tolas fazerem
Eu olho ele de relance. Ele continua concentrado na estrada. Eu volto meu olhar para a estrada. Percebo que ele pegou um caminho diferente do meu hotel.
– Vai parar em algum lugar, antes de irmos para o hotel?
Ele sorri. E responde:
– Não. Não iremos para o hotel. Porque a maneira que transarei com você será escandalosa demais. E você seria facilmente expulsa de lá por nossos gemidos indecorosos. Então, vamos para a minha casa.
Eu fiquei um pouco tensa. Nós sempre mantínhamos certas distâncias. E foi algo natural para nós, sempre nos encontrarmos em hotéis, motéis. Mas nunca nas nossas respectivas casas. Sim, somos estranhos. Acho que foi nossa maneira de manter distância de qualquer tipo de sentimento.
Sei que parece infantil da nossa parte. Mas nós dois tínhamos motivos de sobra para não querer nada sério. Não querer se apaixonar.
Percebendo minha fuga de pensamentos ele diz:
– Ei Sabrina, preciso do controle
– Acabou sua bondade? Não pretendo entregar a ferramenta de tortura ao meu algoz.
Ele solta uma risada e fala:
– Primeiramente, não foi bem uma tortura quando você gozou descontrolada no meu colo. E segundo, eu preciso do controle do portão de casa. Está no compartimento lateral da sua parte.
Enquanto entrego o controle para ele eu respondo divertida:
– Melhor assim. Mas achei que você gostava de tecnologia de ponta. Este portão não deveria abrir assim que você se aproxima com o carro?
– Sim minha linda. Pequeno defeito. Bom, de qualquer maneira o portão não será aberto até segunda quando eu for te levar no aeroporto.
Surpresa eu digo:
– E desde quando você passou a decidir o que quero ou não?
Ele estaciona o carro e antes de descer me diz:
-Calma Senhorita nervosinha. Eu vou te dar motivos para querer ficar aqui. E se, por acaso você não quiser, o que eu realmente duvido, eu te levo embora na mesma hora. Nunca te obriguei a nada e você sabe, jamais faria isto.
Eu faço um leve aceno com a cabeça e mesmo sem expressar nada a ele sorrio internamente, porque eu sabia exatamente que ele nunca me obrigaria a nada. E que ele com certeza me daria os melhores motivos para não o deixar sozinho o fim de semana.
Eu desço do carro e seguimos em direção a entrada da casa. Ele entra e liga as luzes estrategicamente. A penumbra está em toda a casa. Eu nem me lembrava o quanto era grande a sua casa. A última vez que estive aqui éramos apenas amigos da faculdade. Agora, agora somos este emaranhado de sensações.
Ele me puxa para os seus braços e me beija com tesão.
E eu agradeço porque assim éramos mais uma vez “nós”. Sabrina e Vincenzo cheios de tesão e loucos para gozar.
Ele me leva pela mão até seu quarto e nossa urgência de beijos, toques, mordidas, chupões, arranhões continua nos deixando agir apenas por instinto até que a última de nossas roupas estivesse no chão.

Neste momento ele me soltou. Me fez deitar na cama e gentilmente abriu minhas pernas, entretanto sua língua foi rude em meu clitóris. Até eu começar a puxar seus cabelos e eu ver as malditas labaredas em seus olhos, quando com certa dificuldade ele tirou seus brinquedos de mim. Eu fui até ele e quando sua mão se enroscou nos meus cabelos eu soube que eu tinha urgência dele em minha boca, dentro de mim.
Abocanho sua ereção e ele apertando meus cabelos em suas mãos dita o ritmo. Vejo nosso reflexo nu no espelho e a visão é fenomenal. Nossos corpos molhados de suor, somos desejos, feromônios sexuais brotando de cada poro a casa segundo.
Ele solta meu cabelo, nossos olhares se cruzam. Ele me puxa para outro beijo, ele me vira e eu subo na cama já empinando minha bunda.

Nenhuma palavra. Conhecemos exatamente o que nos excitava. Ele alisa minha bunda. Posiciona sua ereção na minha buceta já inchada. Quando ele adentra minha carne trêmula eu mordo minha boca tentando retardar meus gritos, consciente que os mesmos viriam com toda certeza.
Vincenzo inicia seus golpes certeiros dentro e fora acertando como sempre o meu ponto mais sensível. Eu rebolo desesperada por alívio. Suas mãos no meu cabelo, me alisando. Ele sai de dentro de mim e nós dois lamentamos a breve desconexão.
Ele deita e eu vou por cima. Novamente nosso encaixe perfeito. Subo, desço e rebolo em um vai e vem frenético. Não demora muito e ao êxtase chegamos juntos.
Eu caio ofegante sobre ele para sentir seus batimentos. Enquanto ainda estou contraindo seu delicioso pau que me inunda do seu gozo quente.
Permanecemos ali em silêncio até nossas respirações voltarem ao normal.
Começo a sair de cima dele e me deito ao seu lado. Ele me puxa para o seu peito e me envolve com seu braço.
Ele sorri e diz:
– Senti sua falta diabinha.
– Eu também senti sua falta Vincenzo mon Diable.
Nossa risada invade o quarto.
Mas logo aquele maldito silêncio chega novamente. Não sei o que dizer e ele fica quieto, mais quieto que o habitual.
Eu então tentando escapar disto falo:
– Eu preciso de um banho.
– Você sabe onde é o banheiro, nem preciso dizer para ficar à vontade, afinal você já está nua.
Sorrio. Este era o meu diable, provocativo e divertido.
Eu tento levantar, mas ele me segura, me virando na direção do seu rosto.
Seu rosto é uma incógnita e em seguida ele dispara:
– Eu odiei ver você beijar aquele idiota. Sei que você não é minha propriedade. Mas eu …
Eu o interrompo:
– Foi infantil da minha parte. Eu fui longe de mais em te provocar de maneira tão leviana, desrespeitando o nosso acordo.
Ele alisa meu rosto. E ali novamente na minha frente estava o Vincenzo que eu não conhecia. Então o golpe final veio em seguida. Com a voz carregada de emoção ele me disse:
– O fato é que você chegou destruindo os muros que ergui.
Desnudou minha alma e fodeu com a minha sanidade. E eu preciso admitir que estou apaixonado!
Eu sinto como se o estivesse bêbada com tudo confuso e girando ao meu redor. Mas é isto, ele joga tudo isto em mim. E com este Vincenzo não sei agir.
Eu fico imóvel, um bilhão de sensações dentro da cabeça, meu coração com batimentos acelerados, mas meus músculos estavam paralisados.
– Puta que pariu Sabrina. Eu não planejei nada disto. E sei exatamente qual é o nosso trato. Sem compromissos. Mas chega! Eu estou cansado de te ver indo embora ou ter que ir embora e te deixar para trás. Se você não sente nada, eu entendo. Mas saiba que não foi…
Meu coração acelera ainda mais, automaticamente e eu devolvo o tapa emocional:
– Eu te amo. Eu não sei se isto é apenas uma paixão ou se… eu não sei lidar com isto! Eu não sei se isto vai ser bom …
Nós nos entreolhamos e ele se senta me puxando para o seu colo. Me abraçando forte ele diz:
– Eu te amo. E se e reciproco vamos aprender a lidar com isto juntos. Calma…
Sinto um tremor no corpo. As minhas bochechas queimam. Eu estava assimilando o fato que eu tinha acabado de colocar meu coração na mão do Vincenzo Diable. E se ele não estivesse sendo sincero eu sairia disto tudo destruída. Poderia eu destrui-lo de alguma forma?
Ele me beijou mais uma vez. Mas o sabor foi mais intenso. A fome ainda estava ali, mas parecia que nós dois estávamos caminhando em terreno minado e a cautela se fazia necessária.
Continua…