LEONA
Saindo da Grécia após encontro com Lucca
A agente da interpol me assegurou que Lucca já estava no hotel com outro agente e que estava tudo sob controle, que ele não seria preso. Que ele foi retido apenas para nossa segurança. E que ele agora entraria em missão novamente e nas próximas horas tudo acabaria.
Eu me olhava no espelho, marcas dos dentes de Lucca e seus chupões, estavam visíveis por todo o meu corpo. Eu sabia que tinha marcado ele, como ele fez comigo. Foi instinto animal que nos consumiu, a vontade insana de marcar território pertencia a ambos.
Eu deslizo meus dedos nas marcas, apesar do tesão que senti por Alef, o que Lucca me proporcionava mesmo sem algum toque, era algo inexplicável. Eu não tenho dúvidas do quanto o amo e desejo com todo o coração que ele saia vivo disto tudo. Eu ainda sinto o seu cheiro em minha pele, meu coração está acelerado, tento controlar minha respiração, eu preciso de alívio.
Eu desço minhas mãos lentamente sobre meus seios, lembro de sua boca me mordiscando os mamilos, sugando-os habilmente. Eu sinto o calor em meu núcleo, aperto minhas coxas. Eu me sentia febril de tanto desejo, eu estava preocupada com ele. Mas seu toque quente estava por todo o meu corpo, ainda queimando tudo em mim. Eu ainda o sentida profundamente entre minhas coxas, estocando fortemente meu íntimo. Minhas mãos estão trêmulas e eu desejo Lucca.
Desejo sua boca no meu corpo, seus dedos hábeis dedilhando meu clitóris, entrando e saindo dentro de mim, tocando meu ponto mais sensível. Eu aperto novamente meus seios gemendo seu nome.
_Lucca….
Minhas mãos buscam alívio quando afasto minha calcinha e alcanço meu clitóris molhado e duro de desejo.
Eu pressiono meu clitóris e abafo o grito em minha garganta, mordendo meus lábios. Eu estava no banheiro do avião da Interpol, algumas horas antes Lucca me recordava a quem eu pertencia, por quem eu ardia em desejos, a ele dentro de mim. E malditamente isto era verdade. Por mais que eu quisesse ser de outro seria algo difícil, mesmo se eu foder com Alef, Lucca estará ali sob minha pele. Fecho os olhos e lembro de sua voz, seu respiro em minha pele, o seu desespero em me possuir, em me preencher. Eu inclino meu corpo para frente tremendo e encharcando meus dedos gozando abundantemente.
Estou consciente que depois deste encontro será difícil ignorar a intensidade que existe entre nós.
Eu olho meu reflexo, admiro novamente as marcas na minha pele, elas desaparecerão em alguns dias. Mas as marcas que ele deixou na minha alma e coração serão para sempre inesquecíveis.
O voo foi tranquilo. Em algumas horas estávamos desembarcando na Itália. Era já de manhã quando chegamos no aeroporto de Malpensa, assim que descemos me foi entregue outro telefone. Eu finalmente consegui conversar com meu pai, ele me visitaria no dia seguinte, pois não estava na Itália. Eu fui levada para uma grande casa afastada, ficava no topo de uma montanha, aos redores da cidade.
Chegando lá eu fiquei impressionada, grandes jardins cercavam a casa, toda protegida por altos muros e seguranças estavam posicionados por toda a parte. Grandes escadas em pedra branca levavam a entrada principal.
Por dentro era uma casa clássica tanto quanto era por fora, e ostentava luxo em seu interior. Os agentes me informaram que eu ficaria ali por um tempo, até a operação ser finalizada e não existir algum risco, o que provavelmente aconteceria nos próximos dias, eu sabia que não me diriam o dia certo, mas tentei acreditar em tudo o que me foi dito.
Me foi também informado que teria uma equipe médica indo me visitar no mínimo duas vezes na semana, ou quando eu precisasse. E eu só poderia deixar a casa com escolta, e de preferência para o meu parto. Me informaram que Alef deve ficar longe de mim por segurança. Ainda penso que isto tem mais a ver com o ego enorme de Lucca do que minha segurança em si.
Mas isto não importa agora, na verdade por mais que eu lutasse para não pensar, o meu coração estava preso a Lucca. E mesmo que ainda doa eu ainda o amo profundamente e ter ficado com ele aumentou isto a níveis inexplicáveis.
Quando questionei a quem pertencia a casa, eles disseram que ela foi confiscada por sonegação de imposto ou algo assim, de um dono de cassino e agora pertencia ao Governo italiano.
A agente da Interpol e a simpática governanta Carlota, me fizeram conhecer cada cômodo da casa. Era uma casa enorme, com piscina, vários quartos. Existia uma equipe para a manutenção de tudo na casa, uma equipe de segurança rondava o tempo todo fora e dentro casa.
Algo me dizia que isto era mais por causa do Lucca do que por mim. Mas no momento o que eu queria era trazer Chiara ao mundo em total segurança e não existia lugar melhor no momento.
Quando fui para o quarto principal que estava destinado a mim, encontrei para a minha surpresa, algumas roupas de grávida e alguns itens essenciais.
De qualquer forma, eu nem poderia pedir a papai para me trazer algo, afinal as roupas que estavam no meu apartamento da Itália era de quando eu não ostentava uma barriga de grávida. E sair para fazer compras pelo visto, seria algo quase impossível.
Eu sabia que mandariam Lais amanhã, eu tinha pedido sua visita e sua entrada seria liberada na casa. Ela merece que eu conte tudo a ela e finalmente eu poderia fazer e eu não perderia mais tempo.
Eu me olhava no espelho após o banho e alisava minha barriga, consciente que cresceria muito mais. Até então eu ainda não tinha sentido o bebê se mexer, o médico tinha me dito que era normal, afinal eu tinha acabado de entrar no quinto mês. Eu suspiro e penso que eu ainda nem comprei nada para o bebê. E agora eu teria que pensar em tudo o mais rápido possível e ver como faria isto.
Até então, ninguém do meu círculo de amizade tinha me visto grávida, a parte claro, Lucca, Alef e obviamente os agentes da Interpol. Eu visto um vestido que evidencia as curvas da gravidez, me sinto plena e pela primeira vez realmente muito bonita.
Eu olho meu pescoço, as marcas dos chupões de Lucca são evidentes. Eu tento disfarçar um pouco. Eu pego a nécessaire na minha bolsa e passo um pouco de corretivo e base. As marcas ainda podem ser vistas, mas estão bem suaves sob a maquiagem. Isto deveria servir pois eu usaria o cabelo solto. Eu aliso meu vestido e desço para a grande sala.
Eu não tinha a mínima vontade de passar por um interrogatório com a polícia, mas se fazia necessário, visto que fugi deles há alguns meses atrás. Passei algumas horas sendo interrogada e orientada sob minha nova condição, sob a proteção da Interpol. Me deixaram fazer a pausa para me alimentar e depois para eu descansar.
Na manhã seguinte, após eu tomar o café da manhã que a Senhora Carlota, a governanta preparou para mim, novamente alguns agentes vieram falar comigo. Me comunicaram que a missão tinha terminado, mas que eu deveria continuar em alerta e em segurança na casa.
Meu coração gelou, meus pensamentos foram para Lucca, se a missão terminara, só podia significar uma coisa.
_ Onde está Lucca? _ pergunto ansiosa
Eles se entreolham e demoram para responder, isto me chama atenção.
_ Ele será transferido para Milão assim que possível, será preso como combinado. _ o seu tom de voz me alivia de certa forma por saber que ele está vivo, mas me deixa curiosa por mais informações que obviamente eles não me darão.
Eles saem e eu ainda tenho um angústia crescente no peito. Lucca estaria em Milão em breve, mas estaria atrás das grades. Seria tratado como um chefe da máfia, preso por envolvimento com tráfico e tantas outras coisas. Eu sinto uma tristeza imensa. Eu decido subir para o quarto, hoje a casa estava movimentada com funcionários por toda a parte, eu nem tento entender o que está acontecendo, preciso apensas dormir um pouco mais, antes das visitas que tanto espero.
Eu adormeci, acordando um tempo depois com uma mensagem no meu telefone.
_ Amiga, estou animada para te ver. Eu vou a noite te encontrar, infelizmente não consegui me liberar do trabalho mais cedo. Mas eu vou te beijar muito, te abraçar muito e paparicar muito este bebê.
Eu sorrio lendo a mensagem. E meus olhos se enchem de lágrimas. Eu respondo Lais que estou esperando ansiosamente e fico ali parada olhando para o teto. Eu não consigo tirar Lucca da minha cabeça.
Algum tempo depois alguém bate na porta, após meu consentimento a porta se abre e Carlota, a governanta sorri.
_Desculpe Senhora Leona, mas você tem uma visita. Seu pai está esperando na sala.
_ Obrigada Carlota, mas dispenso as formalidades me chame apenas pelo nome. Eu já estou descendo.
Ela sorri e fecha a porta. Eu vou até o banheiro e confiro minha aparência no espelho. Então desço as escadas tentando controlar a emoção de reencontrá-lo.
Papai está esperando, olhando pela grande janela os jardins lá fora.
_Papai…
Ele se vira e apressa os passos ao me ver. Ele para a centímetros de mim, admira meu ventre saliente e sorri entre lágrimas.
_Você está linda minha filha. Sua mãe ficaria feliz em te ver grávida…
_ Pai, eu senti tanto sua falta. _ as lágrimas descem e tento controlar a emoção na voz e continuo _É uma menina… se chamará Chiara…
Ele me aperta em seu peito e chora. Eu sei o quanto papai ainda sofre por causa da minha mãe. Ele ainda sente sua falta e acredito que será assim até o último dia que ele respirar.
_ É um lindo nome minha filha. Desculpe, eu estou muito emocionado, Leona. Você contou para o Lucca? Ele te viu pelo que me informaram.
_ Sim, eu contei. Ele sabe que é uma menina e… Desculpe, eu não quero falar dele agora pai. Eu estou angustiada e pensar nele me deixa ainda mais nervosa.
Papai me olha tristonho, mas não diz nada e eu continuo: _ É que eu estou feliz em ver você e logo Lais estará aqui também. E estou feliz de poder voltar para a Itália, por estar tudo bem com Chiara. Eu só não quero…
_ Claro, filha. Eu estou muito feliz também em ver você. Eu estava sofrendo por imaginar você tendo o bebê longe de mim, longe da Lais. _ Ele aperta minhas mãos.
_ Sim, agora estamos aqui. _ eu aliso minha barriga e papai me abraça.
Neste momento, a governanta se aproxima. Ela sorri e docemente me diz.
_ Senhora Leona eu lamento interromper, mas imaginei que gostaria de ver algo junto com seu pai.
_ Ver? Achei que já tinha visto tudo, mas tudo bem. Papai você já a viu antes, mas te apresentarei mesmo assim, esta é a Carlota, ela é a governanta da casa e tem sido muito simpática comigo. _ela sorri sem graça para mim.
_Prazer Senhora Carlota. Sou Ettore Conti. _ eles apertam as mãos e sorriem.
Ela faz um sinal para que a acompanhássemos e seguimos para uma porta no mesmo corredor do quarto em que definiram como meu. Ela abre a porta e me faz sinal para entrar.
Eu adentro e me deparo com um quarto de bebê completamente decorado, tons de claros, dourados e pequenos detalhes rosa. Um quarto de princesa, em uma das paredes um quadro com uma pequena coroa dourada e o nome Chiara. Eu não contenho o choro, papai me abraça e Carlota se aproxima.
_ Foi o Senhor DiSantis que mandou fazer tudo o necessário e deixou ordens precisas que se você precisar de algo, que fale com um dos agentes que estarão responsáveis pela segurança. Eles de imediato organizarão tudo para que você possa sair para comprar o que quiser. Um dos homens dele esteve aqui junto com a equipe de decoração, organizaram tudo em questão de horas. Enfim, ele deixou este envelope para você para as compras.
_ Claro, que ele fez… _ respondo entre lágrimas, feliz por um lado, mas irritada do outro e fico ainda mais quando abro o envelope e tem um cartão de crédito.
Carlota sorri sem graça e pede licença. Ela só fez o que pediram. Falarei com ela mais tarde. Papai me alisa as costas.
_ Leona, sei que não quer falar dele. Mas Chiara é filha dele também e ele está em uma situação bem complicada. A única coisa que ele pode fazer por você e por ela se resume a isto. Ele não viu sua barriga crescer, ele provavelmente não verá o parto, e…
_ Pai, por favor. Eu sei que ele tem direito. Só estou irritada com a situação e tento culpá-lo por tudo. Mas eu só preciso de tempo.
Eu olho ao redor e fico pensando o quanto toda a grana faz a diferença, eu tinha o bastante para viver bem com meu trabalho e tudo o que meu pai sempre me proporcionou. Mas os níveis de padrão de Lucca eram bem maiores do que os meus. E este será o padrão que ele vai acostumar nossa filha.
_ Leona, apenas aceite. Afinal, você não tem muita opção e o quarto é realmente lindo filha.
Eu continuo olhando todos os pequenos detalhes e o meu choro aumenta. Alguém bate na porta papai abre e Carlota entra com água e chá.
_ Eu vi que você estava nervosa, eu tomei a liberdade de trazer água e um chá para você e seu pai.
_ Muito obrigada Carlota, e me desculpe a irritação antes, não tem nada a ver com você.
Papai serve o chá e me entrega. Ele sorri para Carlota em agradecimento. Ela sorri de volta e nos deixa a sós novamente.
O que era mais difícil nesta situação toda, era a impotência de não poder mudar as coisas. De ter que exercitar a paciência de esperar para vê-lo livre, de esperar para ver o que seria de nós depois de tudo.
Minha tarde com papai foi calma, conversamos muito e ele evitou tocar no nome de Lucca novamente. Ele só saiu quando Lais chegou me abraçando, cheia de sacolas das mais variadas roupas de bebê. Ela estava eufórica e não parava de falar. Eu mal consegui me despedir de papai.