Amor Intenso Amor – Capítulo 45

Por incrível que pareça os meses passaram voando. Eu tive muito apoio de papai, da Lais, do Paolo, do Pietro que se revelou um grande amigo me contando coisas de Lucca das quais eu ainda desconhecia e me fazia amá-lo ainda mais, mesmo ele mantendo sua palavra ficando distante de mim. Eu sabia que ele perguntava como estávamos, mas nada além disto. Pietro sempre me dizia como ele estava. Mas nada tinha mudado entre nós.

Alef voltou a me visitar, desde a Grécia quando o trouxeram de volta para a Itália mal nos falamos. Mas nos últimos meses ele passou a frequentar a casa e tem se aproximado cada vez mais. Ele não tentou mais me seduzir, apesar de já ter deixado claro que precisa apenas que eu diga que estou aberta a tentar. Deixou claro que me ama e esperará por mim. Eu não dei esperanças, porque eu estou decidida a convencer Lucca que podemos dar certo. Eu estava dando o espaço que ele precisava, mesmo que me doesse. Ele ainda estava preso, o julgamento dos que ainda restavam do esquema de tráfico humano tinha terminado e todos foram condenados.

Lucca, como combinado com a Interpol, sairia no próximo mês. Eu já estava pensando no parto, talvez ele poderia conseguir uma licença para assistir , mas eu não poderia pedir isto a ele, ele não tinha demonstrado interesse em me procurar. Se ele não pediu além de informações sobre meu estado de saúde e da bebê, não me dava margem para fazer o convite para participar.

Alef por outro lado se oferecia a cada segundo, me dizendo que se eu passasse mal ele estaria comigo até o fim. E foi em uma manhã em que ele veio me visitar que minha bolsa estourou, mas a primeira pessoa que pensei foi Lucca, mas dolorosamente afastei o pensamento. Pietro não estava na cidade, tinha saído em missão. Então provavelmente demoraria para que Lucca soubesse que naquele momento eu estava sendo transportada com toda uma equipe de segurança para a maternidade.

Quando na sala do parto eu gritava de dor, e as contrações aumentavam escutei a voz de meu pai e Lais

Quando na sala do parto eu gritava de dor, e as contrações aumentavam escutei a voz de meu pai e Lais.

_ Eu não vou assistir ao parto filha, mas estarei na sala de espera o tempo que for necessário para pegar Chiara e ver você logo depois. _ Papai beija minha testa e mal consigo responder pela contração forte em meu útero.

Ele alisa meus cabelos e seu olhar vai para o homem do outro lado da cama segurando minha mão.

_ Você não devia estar aqui…

_ Sua filha precisa de um apoio masculino e eu estou disposto a estar do lado dela porque a amo.

Lais irritada entra na conversa dando a ele o que merecia ouvir.

_ Alef, eu estarei com Leona durante todo o trabalho de parto. Sou a futura madrinha da criança e zelo por seu bem. Você é apenas um amigo da Leona. O pai de Chiara é o Lucca, ele estando presente ou não. Então peço gentilmente que você se despeça de Leona e volte a visitar ela quando a mesma estiver no quarto. Agora é algo íntimo demais.

Eu grito de dor, mas vejo o olhar enfurecido de Alef para Lais, mas ela o ignora. Papai me dá um beijo na testa e sai da sala com Alef.

 Papai me dá um beijo na testa e sai da sala com Alef

_ Leona, fica calma. Vai dar tudo certo.

Eu queria acreditar nela, cada segundo. Eu sabia que ia doer, mas esta dor era algo inexplicável, eu sentia uma pressão absurda no útero. Fiquei em trabalho de parto por quase treze horas, até finalmente escutar o choro de Chiara.

As lágrimas não me impediram de ver aquele rostinho lindo sobre mim, em seguida a levaram embora e eu olhava desesperada para Lais, ela entendendo tudo, segue as enfermeiras com Chiara

As lágrimas não me impediram de ver aquele rostinho lindo sobre mim, em seguida a levaram embora e eu olhava desesperada para Lais, ela entendendo tudo, segue as enfermeiras com Chiara.

_ Chiara está bem Leona, apenas precisa de uma atenção especial neste momento. E infelizmente temos que te levar para a sala de cirurgia com certa urgência, você perdeu muito sangue, e teve uma pequena dilaceração no útero, temos que agir rápido. Logo você volta para o seu bebê, fique calma. _ o Doutor tenta me acalmar.

_ Mas ela precisa mamar.

_ Não se preocupe, ela ficará bem. Você pode tentar amamentá-la quando voltar da cirurgia para o quarto.

As próximas horas eu passo angustiada, me recusei a levar anestesia geral, eu não sentia da cintura para baixo

As próximas horas eu passo angustiada, me recusei a levar anestesia geral, eu não sentia da cintura para baixo. Eu estava morta de preocupação com Chiara, eu estava assustada e tinha muita sede, mas eles recusavam a me dar água, apenas molhavam minha boca com um algodão.

Quando a cirurgia terminou, eu estava exausta e não via a hora de poder cuidar de Chiara, mas quando me levaram de volta para o quarto, apenas Lais estava me esperando.

_ Oi querida, você precisa de uma maquiagem!

Ela estava tentando me distrair e eu adora isto nela. Mas naquele momento algo parecia errado.

_ Onde está Chiara?

_ Calma Leona, vou chamar a outra enfermeira, enquanto eles te colocam na cama. Ela disse que Chiara precisava receber leite e teria que passar por exames de rotina. Mas que eu avisasse quando você chegasse e será isto que farei.

Lais era boa em mentir. Eu nunca sabia quando ela estava escondendo algo, era difícil porque ela sempre estava fazendo alguma piada ou falando desesperadamente. Mas algo me dizia que algo não estava bem. Um momento depois, Lais entrou na sala empurrando o bercinho de Chiara, e eu pude ver novamente minha filha. Lais a pegou e colocou em meus braços. Eu observava seu rostinho, suas mãozinhas. E mesmo que digam que recém-nascido são todos iguais, eu via perfeitamente como Chiara era igual a Lucca. Tudo nela me lembrava ele, eu chorava olhando seu rosto e lamentando por ele não ter participado, não ter visto ela nascer, nem ter pegado ela no primeiro momento. Eu fico em silêncio admirando minha bebê que dorme serenamente em meus braços.

 Eu fico em silêncio admirando minha bebê que dorme serenamente em meus braços

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