O sol entrava pela janela, eu senti o delicioso peso de corpo de Lucca sobre o meu. A ardência que ele deixou entre minhas pernas me fez sorrir. Eu tento procurar meu telefone para saber a hora, mas me lembro que minha bolsa ficou com Lais. Os flashs da noite anterior me invadem a mente e eu fico feliz que tudo foi como eu esperava, Lucca está na minha cama. Ainda tínhamos muito a conversar, a decidir. Mas pelo menos ele já não estava mais me evitando.
Eu tento sair lentamente debaixo dele, mas ele se mexe e me puxa para ele me prendendo com suas longas pernas.
_ Isto me faz lembrar a primeira noite em que dormimos juntos, ambos convencidos de que era somente uma noite de sexo. E você tentando escapar pela manhã…
_ A noite anterior também foi cheia de sexo como naquela noite…
Ele me aperta em seu abraço e mordisca minha orelha, beijando meu pescoço em seguida, descendo cada vez mais até meu ombro. Fazendo o caminho contrário, ele me diz:
_ E cheia de sentimentos meu amor. Intensos sentimentos.
_ Sim. _ eu sorrio e aliso seus braços.
_Eu vou ter que fazer algumas ligações e tenho que arrumar minhas coisas para nossa viagem. Sugiro que você faça o mesmo. Farei de tudo para que partamos ainda na parte da tarde.
_ Tudo bem. Mas eu tenho que pedir a Lais para vir para cá. Afinal, a babá tem folga de hoje à noite até segunda de manhã. Preciso ligar para Lais e meu telefone está com ela.
_ Organizaremos tudo! Pegue meu telefone no bolso da calça.
Eu desço da cama e caminho até a calça dele. Quando seguro o telefone nas mãos, a proteção de tela me chama atenção, uma foto de Lucca com Chiara recém-nascida em seus braços. Eu ergo meu olhar e ele parece sereno. Todo este tempo eu tinha pensado que somente depois dos dois meses que ele a pegou nos braços. Ele percebe, mas finge que não percebeu.
_Você esteve no hospital no dia que Chiara nasceu! Por qual motivo não me contaram?
_ Eu pedi a seu pai e a Lais para não o fazerem. Entenda, era um momento delicado para você e eu não queria te desestabilizar, eu não queria que você ficasse nervosa. Eu sabia que um dia te contaria.
Eu paro por um momento olhando ele que se senta na cama e me faz sinal para sentar perto dele. Eu caminho até ele e uma lembrança me vem em mente.
_ Então o nariz do Alef, não foi uma briga por causa de estacionamento!
_Sim, eu quebrei o nariz dele. Ele veio me irritar após eu ter saído do hospital. Eu apenas dei a ele um pouco do que ele merecia por colocar as mãos em você.
Eu aliso o rosto dele, seu olhar por nenhum momento deixa o meu.
_ Lucca, eu teria amado se você tivesse participado junto comigo. Eu desejei você ali mais que tudo. Mas eu pensava que você realmente não me queria.
Ele segura minha mão entre as suas, e continua me olhando nos olhos.
_ Eu sinto muito. Me perdoe. Eu fui um idiota, eu estava cheio de medo. Ainda tenho medos, mas agora sei que posso contornar tudo por vocês. Posso lutar com ainda mais força. Eu ainda estava em choque pela experiência de quase morte, eu ainda sentia o gosto da morte e não queria colocar isto em você. Mas de agora em diante, eu estarei aqui.
_ Eu espero que sim.
Ele pega o celular da minha mão e liga para Lais que responde divertida.
_ Então Lucca, Leona está conseguindo andar?
_Engraçadinha. Eu estou ouvindo, estamos no viva voz. Eu devia estar bem chateada com você na realidade por ter segredinhos com ele.
_ Confesso que o Lucca é bem lindo e irresistível. Mas eu respeito os homens das amigas, você sabe disto, então nada de ciúmes. E um homem mais apaixonado em você é impossível. Agora por favor, me convidem para madrinha. E vamos já batizar Chiara, porque eu já sou a madrinha também…
_Lais, calma. Respira. _ Lucca continua rindo da situação.
_ Ah! Eu estou feliz que vocês estão juntos. Só me falem as datas. Eu acho que o batismo da Chiara tem que ser primeiro que o casamento. Ou vocês podem fazer tudo no mesmo dia…
_ Lais, por favor, pare um minuto. Eu preciso que você fique com Chiara no fim de semana, a babá estará de folga e …
_ Claro que sim, Leona! Não seria a primeira vez, afinal já fiquei com ela para você sair com aquele idiota do Alef…
_ Meu Deus, Lais. Está bom. Eu te espero aqui em casa ainda na parte da manhã, você sabe que tem que passar o fim de semana na casa por causa do esquema de segurança, então se quiser trazer o Paolo vocês podem ficar em um dos quartos de hóspedes. De qualquer forma, Carlota estará aqui para te ajudar no que precisarem, quando quiserem ficar sozinhos ela cuidará de Chiara.
_ Desculpa por antes, esqueci que estava em viva voz. Enfim, Lucca de qualquer forma eu sou do seu time, você sabe.
_ Tchau, Lais. Nos vemos depois.
Eu desligo e Lucca continua rindo da situação.
_ Desculpe por isto. Lais é muito acelerada e ela não pensa muito antes de falar. Eu a amo, mas…
_ Tranquila. Ela foi muito legal comigo nos tempos que estivemos separados. Quando ela e Paolo iam na boate eles me davam suporte enquanto eu secava garrafas de uísque. Ela sempre me deu conselhos para te procurar. Ela só quer seu bem e ama Chiara incondicionalmente. E ela está certa quanto ao batismo da Chiara, já devíamos ter feito, estávamos tão ocupados nos provocando que deixamos isto de lado.
_ Podemos fazer isto no mês que vem…
_ Como você quiser. Agora vamos começar a organizar as coisas? Vou para casa e volto daqui umas duas horas no máximo. _ ele deposita um beijo em meus lábios.
_ Vamos, você pode ver se Chiara já está acordada. Pelo horário conhecendo-a, eu diria que ela está quase acordando e a Giulia deve estar preparando seu café da manhã. Vou descer e espero vocês lá embaixo.
Ele fica feliz. Eu sabia o quanto ele gostava de cuidar dela. Nunca negou trocar uma fralda quando estava com ela. Já deu banhos, muitos banhos e se mostrava mais seguro do que eu. Acredito que ele tinha experiência, por ter sido tão ligado com o irmão, ele com certeza ajudou a cuidar das sobrinhas enquanto frequentava a casa deles.
Depois de alguns beijos começamos a nos preparar, enquanto escolho uma roupa eu pego uma longa camiseta minha e jogo em Lucca.
_ Não quer me ver andando por aí sem camisa? Ciúmes? Ainda tenho meu casaco de ontem…_ ele me provoca.
_ Apenas cuidando de você. Vai te servir. É a roupa maior que tenho. E quanto ao casaco, você morreria de calor.
Ele ri olhando a camiseta com ursinhos rosas na estampa. Quando penso que ele vai se recusar a usar algo tão feminino e infantil, ele a desliza pelo corpo, fica justa para ele, mas mesmo com uma camiseta divertida ele ainda é gostoso. Seus músculos estão ressaltados sob a malha. Ele se afasta e olha no espelho e depois olha para mim sorrindo.
_ Bom, pelo seu sorriso e seu olhar meigo, parece que você adorou a camiseta em mim. Acredito que Chiara vá gostar das cores.
Ele me abraça e beija. Andamos devagar até o quarto de Chiara, eu abro a porta e Giulia está sentada perto da janela. Ao nos ver ela se levanta e eu a chamo para descer comigo. Lucca entra todo sorridente para acordar Chiara.
Descemos para a cozinha e Carlota me abre um grande sorriso como ela sempre fazia em todas as manhãs.
_ Bom dia, Leona. Eu preparei um café da manhã para vocês no jardim. Eu tomei a liberdade de montar a mesa lá fora, fiquei sabendo que o Senhor DiSantis participaria do café da manhã. _ ela dá uma piscadinha para mim.
Tínhamos muita liberdade uma com a outra. Ela me ajudou como uma pessoa da família todo o tempo e principalmente depois do nascimento de Chiara. Sem falar que ela e meu pai estavam de namoro o que me deixava feliz.
_ Sim. Ele descerá em alguns minutos com Chiara. Obrigada Carlota. O dia está lindo e o café da manhã lá fora nos fará muito bem. Eu quero te avisar que o fim de semana viajarei com Lucca. Chiara estará com Lais, e provavelmente Paolo estará aqui com ela. Você pode ajudá-los?
_ Claro, Leona. É um prazer cuidar da Chiara.
_ Senhora Leona, posso fazer hora extra se precisar não é um problema. _ diz Giulia que estava a alguns metros de nós.
_ Obrigada. Mas não é justo com você. A Chiara vai ficar bem com Carlota e a Lais. Sei que você gosta de visitar seu netinho no fim de semana, então aproveite.
_Obrigada Senhora Leona. Eu estou muito feliz trabalhando para vocês.
_ Obrigada também estamos felizes com você.
Lucca desce as escadas um tempo depois com uma Chiara toda manhosa nos braços dele. Ele está sussurrando para ela, e olhando os dois assim tão de perto é impossível não saber que é filha dele, ela se parece muito com ele, pelo menos por agora.
Ele cumprimenta Carlota e novamente Giulia. E me beija suavemente.
_ Você tem tempo para um café antes de ir se preparar?
_ Claro que sim amore, de agora em diante todo meu tempo pertence a vocês duas.
_ Não prometa se não for cumprir Lobo.
_ Até agora eu sempre mantive minha palavra, e assim farei para todo o sempre.
A sua resposta me tocou profundamente e ele nem sabia o quanto. Nós tomamos o café da manhã tranquilamente, brincando com Chiara na cadeirinha de balanço. Estávamos nos comportando como qualquer casal muito apaixonado e tudo estava tão perfeito que me fazia ter um leve medo. Mas eu o afastava toda vez que Lucca sorria para mim e alisava o meu rosto.
Lucca se despediu de Chiara que estava quase dormindo no braço de Giulia, eu o acompanhei até o seu carro. Ele soltou minha mão e me empurrou contra a porta do carro, seu beijo foi lento, mas foi aprofundando sempre mais, suas mãos seguravam minha cintura com força.
_ É melhor eu ir ou serei obrigado a te levar para dentro e passar a manhã toda dentro de você.
_Você parece faminto, lobo.
Ele sorri e rapidamente enfia suas mãos por baixo da minha blusa e alisa meus seios, me fazendo pressionar meu corpo ainda mais contra as suas mãos.
_ Eu estou muito faminto, mas terei o fim de semana para matar minha fome de você e te alimentar como se deve.
Ele morde meu lábio ele tira as mãos de dentro da minha blusa lentamente e se afasta um pouco. Uma de suas mãos alisa a corrente no meu pescoço, puxando-a de dentro do meu decote, ele me olha nos olhos enquanto alisa o anel que tenho como pingente.
Meu coração acelera, é o anel que ele quis me dar para me lembrar do seu amor, que eu pertencia a ele, que nos casaríamos. Ele não diz nada, ele o deixa de fora da minha blusa e me beija rapidamente nos lábios. Eu me afasto da porta e ele entra dando partida.
_ Eu passo aqui no início da tarde para me despedir da nossa filha e te sequestrar para mim. Não se preocupe ao fazer a mala, pegue apenas alguns vestidos, não exagere, pois você vai ficar nua a maior parte do tempo. E não vamos para a Ilha. Iremos mais longe. Mas não se preocupe, segunda de manhã estaremos aqui.
_ Não se preocupe, sei exatamente o que colocar na mala. Eu pisco para ele que sorri e parte com o carro.
Eu sabia exatamente o que faria, ele rasgou meu vestido porque era sexy demais. Pois na mala estaria meus vestidos e lingeries mais ousados.