O escravo do prazer

Fabiana  era  a  querida  filha  mais  nova  de  um  importante  senador  romano chamado Aurélios. Cresceu em uma casa muito barulhenta, com festas, banquetes e  orgias  frequentes.  Sua  mãe  e  suas  irmãs  mais  velhas  viviam  pelos  cantos  da casa,  despojando-se  com  algum  escravo  que  era  escolhido  para  satisfazê-las. Fabiana tinha pena de alguns daqueles homens, além do trabalho árduo no campo ou na segurança da casa, eram obrigados a foder quem quer que fosse, homem ou mulher,   contanto   que   lhe   ordenassem.   Muitos   não   conseguiam   manter   seus membros duros, mas a irmã mais velha havia lhe confessado que se utilizavam de um combinado de ervas que resolvia o problema. Apesar de todos acharem normal, ela ainda achava tudo muito degradante, de forma alguma iria gostar que alguém usasse  seu  corpo  dessa  forma,  por  isso  se  abstinha,  apesar  da  insistência  das irmãs para que entrasse nas brincadeiras.

Certo dia, na calada da noite ela resolveu andar até o jardim para tomar um ar, estava muito calor em seu quarto para dormir. Passou por uma habitação em que estava sua mãe e sua irmã mais velha, com o mesmo escravo. O homem tinha um grande porte físico, parecia um gigante, os cabelos eram claros com um leve reflexo avermelhado.   Ele   estava   deitado   no   chão   de   costas,   uma   estava   sentada cavalgando  com  empolgação  o  seu  membro  e  a  outra  sentada  em  sua  cara, enquanto ele lhe dava prazer com a boca e a língua. Ela tentou seguir caminhando, mas  alguma  coisa  naquela  cena  prendeu  seus  pés  no  chão.  As  duas  mulheres gritavam  alto  de  prazer,  mas  o  homem  não  esboçava  absolutamente  nenhuma reação,  fazia  movimentos mecânicos que pareciam calculados. As duas mulheres caíram praticamente ao mesmo tempo, cada uma para um lado, e o escravo seguiu deitado, com os olhos fixos no teto.

– Pode ir, por hoje não precisamos mais de você!

Disse  a  mãe,  Fabiana  se  escondeu  um  pouco  mais  para  não ser vista. O homem  se  levantou  e  saiu  do  quarto  em  direção  ao  alojamento  dos  servos. Enquanto  ele  tomava  distância,  ela  podia  ver  ele  caminhando  de  cabeça  baixa, exausto e com uma expressão que despertava pena. Ele não queria estar alí, não queria de forma alguma ter estado com elas. Ela seguiu o seu caminho até o jardim, tinha seus próprios problemas para se preocupar, iria completar dezessete anos, já havia passado muito da idade de se casar. O pai a mimava muito, e prometeu que a deixaria  escolher  o  próprio  marido,  contanto  que  fosse  um  homem  adequado.  O problema  é  que  um  dos  senadores,  amigo  de  seu  pai,  já  estava  demonstrando interesse por ela há muito tempo. Em cada festa ou reunião que o pai oferecia, ele não perdia a oportunidade de assediá-la e prometer casamento. Fabiana sabia se tratar de um homem vil e cruel, já havia enterrado duas esposas, com fortes boatos de que ele mesmo fora o responsável por suas mortes.

No dia seguinte, quando o pai chegou de viagem mandou chamar ela, que já sabia do que se tratava.

–  Minha  querida filha, o momento que temíamos chegou, o senador Aquila me pediu que lhe concedesse como esposa.

– Mas papai, eu o repudio, e ele certamente vai me matar quando enjoar de mim, igual fez com as outras.

– Eu sei, conheço bem aquele homem, sei do que é capaz, mas eu não dei uma resposta, eu disse que primeiro viria para casa para ver como você estava de saúde. Disse que eu não poderia lhe oferecer uma esposa com algum defeito. Mas sinceramente, ele não vai esperar muito, não sei como sairemos disto.

–  Eu  posso  ir  embora  para  um  lugar  distante,  a  sua propriedade perto da fronteira, aquela que está quase abandonada. Pai, ninguém sabe que você ainda a mantém.  Eu  vou  para  lá  com  uma  quantidade  de  suprimentos  e  você  diz  que quando chegou, eu estava muito doente, com algo contagioso e me mandou para morrer  longe.  Podemos  chamar  um  médico  que  ateste  isso  diante  de  uma  boa soma.

O pai pareceu pensar sobre o plano dela, ainda estava em dúvida.

– Eu não posso permitir que você vá para lá sozinha. Aquela casa está quase em ruínas. Você não entende nada de como criar animais ou trabalhar na terra.

Foi então que Fabiana teve uma ideia que lhe conferiu um sorriso no rosto, iria se salvar de um destino cruel e seria capaz de salvar outra vida também.

–  Vamos  fazer  assim,  eu  levo  uma  grande  quantidade  de  mantimentos  e algumas galinhas, você me manda sempre que conseguir mais algumas coisas por homens de confiança. Para me ajudar você me concede um homem, um que saiba fazer o trabalho e seja capaz de me proteger. Eu sei que é perigoso papai, mas ficar e me casar com aquele louco será infinitamente mais.

– Tudo bem  minha filha, eu acho que essa é a melhor chance que temos. Só temos   que   escolher   quem   vai  te  acompanhar.  Tem  que  ser  um  escravo  de confiança, que vai realmente cuidar de você.

– Eu já sei quem eu quero, o celta que parece um gigante. Ele pensou por um momento sobre o que ela havia dito.

–  O Drusdam. Ele é de confiança, mas isso será um problema, sua mãe e irmãs gostam muito dele.

– Fale para elas que você vai conseguir um melhor, eu quero ele pai.

– Tudo bem, vou mandar chamar o médico e vamos arrumar sua partida para assim que possível. Vou mandar uma escolta, mas quando chegarem lá estarão por conta até a próxima remessa de comida.

Tudo foi arranjado, o médico atestou convenientemente que ela tinha pouco tempo de vida. Ela, o escravo e os guardas partiram em direção à fronteira, quando chegaram ela deu-se conta de como a casa era pequena, e estava em ruínas. Os guardas foram embora na manhã seguinte e ela ficou sozinha com o homem celta. Eles ainda não haviam trocado nenhuma palavra e ela resolveu romper o silêncio enquanto comiam pela manhã.

– Meu pai te explicou os termos desse arranjo que fizemos?

– Não muito bem, mas eu posso imaginar quais sejam. O homem respondeu de forma seca.

–  Para  todos  os  efeitos  eu  fui  mandada  para  longe  para  morrer  com  algo muito contagioso, então você veio morrer comigo. Mas não se preocupe, tudo não passa de um plano para eu sumir e não precisar me casar com um homem odioso.

– E eu, onde eu entro nisso exatamente?

– Você me ajuda a deixar a casa habitável e a cuidar da terra, me ensina o que sabe e assim vamos sobreviver aqui.

Drusdam a encarou com olhar zombeteiro.

–  E  devo  entender  que  devo  cumprir  com  as  obrigações  do  seu  prazer também?

Fabiana quase engasgou-se com o pedaço de pão que estava comendo.

– Não! Eu não espero isso, só quero que vivamos em paz aqui. Ou você não acha melhor viver aqui do que na casa do meu pai? Eu sei que odiava tudo aquilo.

– Então devo acreditar que é diferente das suas irmãs?

– Talvez nem tanto, mas do meu prazer, eu mesma tenho cuidado. E jamais iria querer estar com um homem que não quer estar comigo.

– Então cuida do seu prazer porque os homens não querem estar com você? O escravo perguntou, com uma curiosidade atrevida.

– Não, eu me dou prazer porque ainda não encontrei um homem de quem eu quisesse receber isso.

Ele apenas acenou com a cabeça, como se tivesse entendido o ponto dela, e foi começar os reparos na casa. Depois fez um galinheiro para alojar as aves que começaram  a  botar.  Ensinou-a  a  trabalhar  a  terra  e  a  cuidar  das  bolhas  que  as ferramentas causavam. Era um homem muito seco, mas a tratava de forma gentil e assim  os  dias  foram  passando.  A  casa  tinha  apenas  um  cômodo  separado,  que ficava na parte de cima, e era acessado por uma escada de madeira improvisada. Ela dormia em cima e ele na parte de baixo. Certo dia ela descansava um pouco enquanto  o  observava  trabalhar  com  a  parte  de cima do corpo desnuda. Era um exemplar realmente maravilhoso, tinha músculos fortes e bem definidos e um rosto muito bonito. Com certeza naquela noite, quando estivesse na privacidade da sua cama ela iria se tocar, pensando nele e imaginando as coisas que ele poderia fazer com ela. Culpou-se um pouco, pois o estava colocando como um objeto igual sua família  havia  feito,  mas  contanto  que  não  revelasse  seus  desejos  ocultos estava tudo  bem.  Depois  que  comeram,  ela  se  banhou  e  foi  se  deitar.  Mesmo  sem nenhuma  parede,  não  era  possível  que  ele  a  visse  da  parte  de  baixo, então ela começou a tocar o meio de suas pernas.

Pensar  no  homem  que  dormia  na  parte  de  baixo  deixava  seu  corpo  em chamas. Imaginava que era ele quem a tocava, e fazia diversas outras coisas que a fariam  gritar  de  prazer.  Contudo,  apenas  se tocar como sempre fazia não estava sendo suficiente, Fabiana estava frustrada, pois não conseguia ter um orgasmo. Ela ouviu então um barulho na escada, era Drusdam quem subia, e se sentou ao seu lado na cama improvisada.

– O que você está fazendo aqui em cima?

– Você não está sendo muito silenciosa. Esse lugar não é como a sua casa, aqui é quieto, eu consigo escutar você tentando se dar prazer e soltando murmúrios de frustração por não estar conseguindo. Eu subi aqui porque posso te ajudar com isso. Acha que não percebi como ficou me olhando o dia todo? Parecia que queria devorar cada parte do meu corpo.

–  Você  não precisa fazer isso, eu já disse que não espero favores sexuais seus.

– Eu sei, mas também sei que você me presenteou com uma oportunidade de liberdade, eu só quero retribuir o presente. Vai ser só dessa vez, eu vejo pela sua cara que precisa muito de um orgasmo e eu posso te dar um.

Ele disse, já colocando a mão debaixo das cobertas, se dirigindo ao meio das pernas dela. Ela se sobressaltou um pouco, mas viu nos olhos dele que ele falava sério, que queria fazer aquilo, não estava se sentindo obrigado. Não conseguindo resistir mas a tentação de sentir as mãos dele deslizando pelas suas pernas, ela as abriu ansiando por seu toque. Drusdam se aproximou mais, para ter melhor acesso a ela, quando a tocou viu que ela já estava um pouco molhada. Seu pau ficou duro ao senti-la, a muito tempo ele não tinha uma reação tão espontânea assim.

Fabiana   deitou-se   novamente   de   costas   na   cama   e   se   entregou   às sensações que ele estava lhe proporcionando. Seus dedos massageavam o ponto onde ela tinha mais prazer, e depois desciam para sua entrada que ficava cada vez mais molhada.

Seu toque era suave mas preciso, o que a fazia gemer de prazer, nem de longe a sensação era igual quando ela se tocava. A forma como ele fazia era  inebriante,  quando  viu  que  ela  já  estava  molhada  o  suficiente,  ele introduziu lentamente  primeiro  um  e  depois  dois  dedos  no  seu  buraco  apertado.  Fazia movimentos que imitavam uma penetração, que ficavam cada vez mais vigorosos. Ele afastou totalmente as cobertas e ficou mais próximo a ela, com uma mão ele a fodia  e  com  a  outra  usava  o  dedo  polegar  para    massagear  seu  clitóris.  Ela segurava-se com força nas cobertas, consumida pelas chamas do prazer e quando achou  que  a  doce tortura não poderia ficar pior, ele abaixou-se e a tomou com a boca.  A  chupava  e  lambia  com  a  habilidosa  língua enquanto seguia introduzindo seus dedos, cada vez mais intensamente. Fabiana gritava de prazer e o segurava firmemente pelos cabelos, sem conseguir se controlar. Aquele foi definitivamente o mais forte orgasmo de sua vida, na realidade a levou a ponderar se algum dia havia tido algum de verdade. Ele continuou lambendo-a enquanto ela gozava e seu corpo tremia de luxúria, só parou quando ela acalmou-se e ficou em silêncio. Ele se retirou do  meio  de  suas  pernas  e  a  cobriu,  em  um  gesto  de  consideração.  Quando ela voltou a si, o encontrou sentado encarando-a.

– E então, gostou do meu presente?

– Definitivamente, eu gostei.

Ele sorriu com a resposta que ela lhe deu.

– Mas eu acho que ainda não está a altura do seu. Você me deu a minha vida de volta, isso não pode ser pago com alguns minutos de prazer.

–  Olha,  mas  foram  minutos  realmente  muito  bons.  Eu  nunca tinha sentido nada assim!

– Então talvez outro dia possamos descobrir mais coisas de que você gosta.
Ele disse isso e desceu as escadas, indo deitar-se na própria cama. Fabiana levou  um  tempo  para  assimilar  o  que ele havia sugerido, foi dormir saciada e ao mesmo tempo cheia de expectativas para as próximas noites naquela cabana.

Este conto pertence a maravilhosa escritora Suelen abaixo segue os links onde você poderá encontrar um pouco mais de sua escrita emocionante. Basta clicar nos botoes abaixo:

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