
Suspiro quando faço o último documento e ele depois de conferir o envia por e-mail ao fornecedor. Giro-me para organizar os documentos sobre a mesa, ele me abraça por trás e sussurra ao meu ouvido:
―Boa menina! Adorei estar contigo, mas ainda não acabamos. Vamos fechar o escritório, e depois vamos a outro lugar pois precisamos terminar o que começamos “¡Mi niña!” Você ainda tem muito o que pagar por suas rebeldias.
Ouvir ele me chamar de minha menina (“Mi niña”) em espanhol foi algo adorável. Aconchego-me em seus braços e seguimos para o carro. Ele gira por um tempo.
Estamos a alguns momentos conversando sobre diversos assuntos. Até parece que nada aconteceu, que tudo foi um sonho. Há algumas horas este homem me fez gozar feito louca em sua mesa do escritório. Não foi um sonho.
Finalmente ele para em um estacionamento de um restaurante no centro da cidade, abre a porta e me dá sua mão. Segurando meu braço me conduz ao interior do local. A decoração é moderna, bem clean.
Ele se vira e me pergunta:
―Está com fome, menina?
Eu nem consigo pensar em comida, estou tão confusa, tão seduzida por aquele seu olhar, por aquela boca deliciosa que me pego sorrindo e ele me encara com um sorriso ainda maior. Certamente deve estar lendo na minha testa que estou lembrando os nossos momentos no escritório.
Então meio sem jeito respondo:
―Não, obrigada. Não conseguiria comer agora.
Educadamente, ele me leva ao bar e nos sentamos à mesa que ficava em um lugar mais reservado, na segunda parte, onde teríamos uma boa visão de tudo. O garçom chega e nos pergunta o que queremos beber. Ele se apressa a dizer ao garçom:
―Vamos beber uma Champagne Moët Chandon Ice Impérial. Obrigado.
Bom, o gosto dele para bebidas me atrai, adoro esta champagne, mas não consigo entender o porquê de beber uma bebida tão especial neste momento comigo.
Ele pega minha mão, segura junto às suas e me diz:
―Temos que comemorar. Afinal, há tempos que quero ir mais longe contigo, te conhecer melhor, te fazer minha por completo. Hoje falaremos disto e sei que chegaremos a um acordo prazeroso para ambos.
Eu fico sem jeito, mas é exatamente isto. Eu sempre o desejei, mas não queria dar o braço a torcer. Tanto que não consegui me envolver com mais ninguém depois do meu ex, pois estava focada no Antony, meu chefe, meu delicioso BOSS.
Recomponho-me das ideias pervertidas e respondo:
―Acho que não é necessário, Antony. Confesso que tenho atração por você já há algum tempo, mas não precisamos oficializar nada, afinal temos que nos conhecer primeiro e…
Ele solta minhas mãos, segura meu queixo e olhando nos meus olhos diz:
―Primeiramente, minha deliciosa Karen, você já me pertence e deu provas suficientes para isto; apenas não admitiu para si mesma. Segundo esta atração que temos vai além do físico, vai além do sexo e você sabe muito bem disto, mocinha. Precisamos falar sobre o que estamos construindo sim. Eu não digo que vou manter uma relação D/s agora, ou que me casarei com você ― ele dá um sorriso safado ― mas você sabe melhor do que eu que não funciona assim. Ainda estou conhecendo-lhe e agora quero negociar com você, quero ouvir seus limites masoquistas, suas dúvidas, seus medos. Em cima disso, tudo faremos nossos ajustes e cresceremos com esta relação. Algo que será prazeroso para ambos. Hoje vamos começar a nos conhecer melhor. E o mais importante: vamos terminar o que iniciamos no escritório. Ou você já mudou de ideia?
Olho para ele assustada. Tento disfarçar, mas meu corpo reage. Meus desejos estão à flor da pele. Antes que eu pudesse responder algo, chega nossa champagne. O garçom nos serve e sai em seguida. Antony levanta a taça para um brinde e eu retribuo o gesto.
Sorrindo, ele me diz:
―Ah! Você, minha doce Karen, em breve será minha por completo.
Eu tento relaxar, fingir que nada do que ele diz e faz está me causando efeito, mas está difícil. Dou um sorriso nervoso e degusto daquele aroma refrescante e frutado da bebida. Aquela folha de hortelã dá um toque especial dentro da taça, tornando o sabor delicioso e refrescante, mas nem todo o gelo da taça esfriaria meus pensamentos. Ele rapidamente percebe.
Era impressionante como ele conseguia perceber meus sinais. Ele me enxerga de uma forma que me enraivece. Eu nunca o enxerguei por aquele ponto de vista. Seu olhar sagaz me fitava, me analisava enquanto degustava sua bebida. Seus lábios me deixam hipnotizada. Até que ele sarcástico me diz:
―Sabe Karen, você deve estar com amnésia. Estranho isto em você… Logo você, sempre tão prestativa, sempre com tanto a dizer, agora está em um silêncio profundo e não me respondeu sobre o fato que temos que terminar o que começamos no escritório. Lembra que você me implorou para eu entrar em você? Pois bem: “¡mi niña!”, teu Dono está cada vez mais excitado ao ver este seu decote, ao lembrar teus mamilos endurecendo em minha boca e do sabor do teu gozo em meus lábios. Sentir-me-ei satisfeito quando estiver matando minha fome de você, entalado dentro do teu corpo.
Eu tremo tanto com suas palavras que a taça balança em minhas mãos. Então, tentando saber onde está meu autocontrole, respondo:
―Eu ainda preciso sentir Antony.
Ele sorri. E pausadamente continua:
―Sim, mas temos que nos falar mais, os teus limites, os meus limites, e o que você espera desta noite.
Eu concordo e ele continua dizendo que pratica tudo dentro do São Seguro e consensual. Que não aprecia nada que envolva objetos cortantes. Que não prática nada extremo. E eu concordo com tudo, pois também não sou hard.
Ele sorri, e continua durante nossa degustação da Champagne a falar de sua vida sexual, BDSM, baunilha e eu vice-versa. Descobrimos coisas muito em comum.
Depois de servir nossa última taça, deixando a garrafa vazia, ele me diz:
―Hoje faremos algo apenas para saciar nosso desejo, não será uma sessão sadomasoquista, visto que eu consumi álcool e não faria nada de SM com você. Mas garanto que será um deleite ter você sob meus cuidados.
Eu dou um sorriso e ele beija minha mão. Terminamos a bebida, ele paga a conta e voltamos para o carro. Ele abre a porta para mim e entra dizendo:
―Se em algum momento você mudar de ideia, me diga e te levarei para casa.
Neste momento ele me ganhou ainda mais. Respeitar-me, não ser somente a vontade dele. E eu o desejava muito, há muito tempo. Não podia deixar passar, mesmo sabendo que isto daria uma baita confusão.
Então, respondo:
―Quero muito estar com você, Antony.
Ele dá uma risada e me diz:
―Hoje você vai aprender a me chamar de Senhor, como eu mereço!
Dá-me certa fúria no seu jeito arrogante, nem parece o cavalheiro de poucos minutos antes, mas resolvo ficar calada porque até arrogante ele é sexy e estou queimando de desejo. Ele dirige sem dizer muito do que vamos fazer, tenta focar em outros assuntos, até chegarmos ao motel.
Ao chegar, ele abre um sorriso safado e toca meus lábios de uma maneira tão sensual que solto um gemido. Ele escolhe uma das melhores suítes.
Ao entrar na suíte percebo que tem acessórios sadomasoquistas, lógico não poderiam faltar! Ele me abraça, beija-me e depois se senta no sofá. Olhando-me de uma maneira autoritária e deliciosamente sensual, diz:

―Agora, minha deliciosa menina, tire suas roupas lentamente, olhando-me o tempo todo.
Eu tremo com a sua ordem, mas resolvo entrar na brincadeira. Não quero demonstrar fraqueza, pelo contrário, vou mostrar que ele não está me dominando como pensa. Se tem alguém que sairá dominado aqui, não serei eu.
Tento me concentrar na música “Sex Therapy – Robin Thicke” que faz o ambiente.
Posiciono-me na sua frente e vou tirando lentamente a camisa de dentro da saia. Tiro o sutiã e seus olhos seguem me devorando. Tiro a minha a saia e já estou nua, pois a calcinha eu já não a tenho visto que ele a destruiu horas atrás no escritório. Ele já tirou a camisa e vejo que libertou sua ereção que me espera dando sinais.
Decido ficar nua por completo tirando os meus sapatos, mas quando faço um gesto para tirá-los ele me impede. Fazendo-me sinal para eu ir até ele. Vou caminhando lentamente, caprichando no rebolado. Quando me aproximo ele me faz encaixar no seu colo, mas não me penetra, ele puxa meu cabelo, invade minha boca em um beijo, e suas mãos castigam meus mamilos. Eu tremo, estou com medo de gozar desta forma de tão excitada que estou. Ele percebe e desce uma de suas mãos me tocando intimamente.
Ao perceber o quanto estou banhada, ele me levanta um pouco e alcança uma camisinha em seu bolso. Eu o ajudo a colocar em seu pênis que agora está muito ereto sob minhas coxas. Novamente ele me puxa contra o seu corpo, chupa meus seios e sugando os mamilos com tanta força que gemo de dor. Ele beija no final mamando lentamente me dando de volta o prazer.
Ele não espera mais nada e sem aviso me invade em uma forte estocada que me faz soltar um grito e abraçá-lo em puro instinto. Ele começa os movimentos, sempre mais rápido, segurando meus quadris com força, suas unhas penetram a minha carne, e seu hálito quente em meu ouvido soltam as palavras que foram cruciais:
―Agora estou dentro de você. Daqui só sairei depois que tiver a certeza de que você é completamente minha, de corpo e alma.

Ele beija meu pescoço, alisa minhas costas e para os movimentos. Eu estou tremendo e gozando sem parar em sua ereção. Ele me olha nos olhos e parece se deliciar com meu corpo tremulo sob o seu. Minhas entranhas em contrações ritmadas envolvem sua ereção que fica cada vez mais dura e cresce dentro de mim.
Ele me beija e me diz:
―Isto, goze para “¡mi niña!”, seu gozo me pertence e você sabe. Quantas vezes você gozou pensando em mim? Diz-me?
Eu estou em êxtase, mesmo assim eu respondo tão naturalmente à sua pergunta que me espanto:
―Gozei várias vezes pensando em você. Até mesmo no banheiro do escritório.
Ele sorri, me abraça forte e brinca com meus seios. Ele empurra meu corpo para trás e sua mão procura alcançar meu clitóris.

Ao encontrá-lo castiga sem dó, me dizendo:
―Pois saiba que eu gozei várias vezes pensando em você, “¡mi niña hermosa!”. Pensando em te pegar na mesa do escritório, te esculachar a bunda e te mostrar quem manda. Depois te possuir como estou fazendo agora, te fazer gemer e me pedir por mais. “¡Te deseo mucho!”
Uma onda de calor intenso me percorre o corpo. Sinto que vou explodir em um gozo alucinante, mas ele pára de me tocar o clitóris e diz:
―Quer gozar, Karen? Deseja gozar na minha ereção?
Eu rapidamente respondo:
―Sim, eu quero gozar estou quase…
Ele me leva à cama enroscada em sua cintura, se deita sobre mim sem sair de dentro, beija minha boca e me diz:
―Peça da maneira certa!
Eu sei o que ele quer, e eu quero muito dizer, mas meu orgulho me segurou até agora. Só que neste momento não posso mais ser tão rebelde assim, foda-se, preciso dele, preciso senti-lo, esta química me enlouquece. Ele está certo: nunca foi só sexo nunca foi somente desejo que me atraiu a ele e vice-versa.
Então, segura de mim e do que sinto respondo em um gemido:
―Oh! Senhor, me permita gozar em você, me permita dar o que te pertence.
Ele sorri. Sinto-o ainda mais fundo dentro de mim, então ele ergue seu corpo me segurando e levanta apenas meus quadris. Estou com as minhas costas na cama e então ele diz:
―Toque-se, como você faz sozinha no escritório. Toque-se, mas olhe em meus olhos, pois agora você está sentindo meu membro atolado até o fundo em você, e enquanto você se toca eu vou te “foder” como eu sempre desejei.
Eu não penso duas vezes em obedecer, toco meu clitóris que está inchado. Toco-me desesperada, movimentos circulares e ritmados. A minha carne treme, meu corpo se contorce e os movimentos dele são viris, são fortes e intensos. Eu sinto minhas entranhas incharem, apertar seu pênis cada vez mais. Ele está pulsando dentro de mim, seus gemidos se misturam com os meus e meu gozo se libera junto com suas palavras:
―Goza, minha puta! Aperta minha ereção com suas entranhas quentes, pois quero você gemendo para que eu te marque com meu prazer.
Eu tremo, sinto-o de uma maneira surreal dentro do meu corpo, estou gozando sem parar, meu líquido escorre abundante pelas coxas, pela cama. Ele sai de dentro de mim e termina de sorver até a última gota do meu gozo dizendo:
―Adoro este teu doce sabor exótico.
Ele agora tira a camisinha, as veias do seu pênis estão latejando, ele me puxa para ele, e eu entendo o que ele deseja. Engulo sua ereção com a minha boca, eu sugo, toco sua base, lambo a glande, mas ele tira de uma vez da minha boca e gemendo alto esguicha seu gozo em meus seios e na minha barriga dizendo:
―Agora sim, Karen. Você está marcada com nosso prazer. E eu posso te chamar de minha.

Eu alcanço uma de suas mãos e beijo e chupo seu dedo, lambendo os resquícios do seu gozo. Ele toca meus cabelos, se abaixa e se deita ao meu lado na cama. Ficamos por uns momentos ali parados, respirando descompassados.
Em apenas uma noite estávamos consumindo o desejo de meses. Descobrimos que nosso desejo era recíproco. Depois de tudo aquilo vivido, seria impossível resistir. Por conta da bebida ou por estarmos relaxados depois daquele delicioso sexo, adormecemos.
Observação: Este é um conto com temática BDSM, por tanto a linguagem e dinâmica da relação, pode ser estranha para os não praticantes.
Continua…