O squirting é um termo que tem causado muita controvérsia, discussão e curiosidade quando se trata de sexualidade. Embora seja um fenômeno ainda pouco conhecido e estudado pela ciência, é possível afirmar que ele é a ejaculação feminina. Diferente do orgasmo feminino, que ocorre na região do clitóris e da vagina, o squirting se origina na uretra e libera um líquido transparente, sem odor, contendo glicose, úrea e PSA (antígeno prostático específico).

Para muitas mulheres, o squirting é uma fonte de prazer que estava escondida ou desconhecida – podendo reduzir a tensão e o cansaço físico e mental do dia a dia. Mas, para alguns, ainda é considerado um tabu e motivo de vergonha ou constrangimento. O que não se pode negar, no entanto, são os benefícios que ele traz e as novas descobertas que essa atividade sexual pode proporcionar.

Um dos benefícios do squirting é o alívio do estresse e da ansiedade. Assim como o orgasmo clitoriano, a ejaculação feminina reduz a produção de cortisol – hormônio do estresse – e aumenta a liberação de serotonina e oxitocina – substâncias que causam relaxamento e bem-estar. Em um estudo recente, pesquisadores da Universidade de Lorraine, na França, descobriram que as mulheres que praticam o squirting têm índices mais baixos de cortisol do que as que não o fazem.

Outro benefício do squirting é a melhora do desempenho sexual. Por ser uma forma diferente de chegar ao orgasmo, ele pode estimular novas zonas erógenas do corpo e intensificar as sensações. Além disso, o líquido ejaculado pode aumentar a lubrificação vaginal, diminuindo o atrito e a dor durante a relação sexual. Outro estudo, desta vez realizado pela Universidade de Valência, na Espanha, mostrou que as mulheres que praticam o squirting têm maior facilidade em chegar ao orgasmo e mais chances de terem múltiplas relações sexuais por semana.

As novas descobertas relacionadas ao squirting se referem, principalmente, aos órgãos responsáveis pela sua produção. Antes, acredita-se que ele fosse expelido pela bexiga. No entanto, recentes estudos da Universidade de Albany, nos Estados Unidos, comprovam que o líquido é produzido pelas glândulas de Skene, localizadas ao redor da uretra e que são responsáveis por produzir o PSA – substância encontrada no ejaculado masculino.

Outro estudo, publicado em 2014 no The Journal of Sexual Medicine, demonstrou que o líquido ejaculado contém PDE5 – uma enzima presente no Viagra e outros remédios para disfunção erétil. A presença dessa enzima pode ajudar a explicar a semelhança entre a ejaculação masculina e feminina e o fortalecimento das regiões musculares envolvidas no orgasmo.

Apesar de trazer muitos benefícios, o squirting ainda é um assunto delicado e pode gerar sentimentos de vergonha, inadequação e falta de informação. Por isso, a conversa sobre o tema é fundamental para que as mulheres possam entender e explorar essa faceta da sexualidade feminina. A educação sexual e a quebra de tabus é um trabalho contínuo, e é preciso conscientizar sobre a importância da diversidade sexual e do respeito às escolhas e preferências de cada indivíduo.

A prática do squirting pode ser uma forma saudável e prazerosa de explorar a sexualidade feminina, desde que seja feita com consentimento, segurança e conforto emocional e físico. É importante lembrar que cada pessoa tem seu próprio ritmo e que não existe uma maneira certa ou errada de experimentar o squirting. A finalidade é proporcionar prazer e bem-estar, e isso pode variar de indivíduo para indivíduo.

Em suma, o squirting é uma forma de ejaculação feminina que traz inúmeros benefícios para a saúde sexual e mental feminina. As pesquisas sobre o tema ainda estão em andamento, mas já é possível afirmar que ele consegue reduzir o estresse e a ansiedade, melhorar o desempenho sexual e proporcionar uma experiência única e prazerosa. No entanto, é importante que as mulheres se sintam confortáveis e seguras para explorar essa prática, sem medo de julgamentos ou vergonha. A liberdade para expressar a sexualidade é um direito de todos e deve ser valorizada e respeitada.

Dicas para tentar ter um squirting sozinha.

Antes de mais nada, é importante lembrar que o squirting não é uma obrigação e nem uma meta a ser alcançada na prática sexual. Cada pessoa tem sua própria maneira de chegar ao orgasmo e nem sempre o squirting é parte desse processo. No entanto, se você se interessa em experimentar essa sensação, existem algumas dicas que podem ajudar a chegar lá.

  1. Conheça o seu corpo

Antes de buscar o squirting, é fundamental entender como o seu corpo funciona e quais regiões são mais sensíveis a estímulos. Isso pode ajudar a identificar seus pontos de prazer e a forma como você gosta de ser tocada. A exploração do próprio corpo e a masturbação são importantes para esse conhecimento.

  1. Estimule o clitóris

Apesar do squirting se originar na uretra, a estimulação do clitóris pode ser uma excelente forma de chegar até lá. Assim como no orgasmo feminino convencional, o clitóris é uma zona altamente sensível e prazerosa – e pode contribuir para a ejaculação feminina.

  1. Invista em alguns brinquedos

Vibradores e outros brinquedos eróticos podem ser aliados na busca pelo squirting. Eles podem ajudar a explorar novas áreas do corpo e a aumentar a estimulação. Vale lembrar que, nos casos de brinquedos pensados para penetração, é importante que sejam devidamente higienizados antes e depois de seu uso.

  1. Espere o momento

Chegar ao squirting não é uma ciência exata e nem deve ser encarado como algo obrigatório. Muitas vezes, só ocorre em uma situação ideal de relaxamento, prazer e vontade de experimentar. Não tenha pressa e aproveite os momentos de intimidade de sua vida sexual.

  1. Relaxe

O squirting não costuma acontecer quando a pessoa está tensa, ansiosa ou preocupada. Por isso, é importante relaxar e se sentir confortável durante a relação sexual. Um ambiente tranquilo e agradável, assim como muita lubrificação e carinho, são ingredientes fundamentais para essa prática.

  1. Converse com seu parceiro

É fundamental que o(a) parceiro(a) esteja ciente de seu interesse ou curiosidade em relação ao squirting. Isso pode ajudar na construção de um ambiente de confiança e segurança. Além disso, o diálogo pode contribuir para que vocês descubram juntos as formas mais prazerosas de chegar ao orgasmo.

É importante lembrar que nem todas as mulheres conseguem chegar ao squirting e que isso não é um problema. A ejaculação feminina é um fenômeno ainda pouco estudado e que nem sempre está presente em todas as relações sexuais. O importante é que você esteja confortável com sua sexualidade e que tenha prazer em suas experiências, independentemente de elas envolverem ou não o squirting.

Dicas de como o parceiro(a) pode estimular a mulher a ter um squirting

Antes de mais nada, é essencial que o casal esteja à vontade para explorar e experimentar o squirting. É importante que ambos estejam em uma relação de confiança e respeito mútuo, e que respeitem os limites e desejos de cada um. Com isso em mente, aqui vão algumas dicas de como o homem pode estimular a parceira para ela ter um squirting:

  1. Explore as carícias e a estimulação manual

Uma das formas mais comuns de estimular a parceira para o squirting é através de carícias e da estimulação manual. O homem pode começar com carícias suaves e carinhos ao redor da vagina, estimulando o clitóris e a região interna. A utilização de lubrificante pode tornar a experiência ainda mais prazerosa. É importante que o homem preste atenção aos sinais de que a parceira está gostando da estimulação, e que não se apresse em ir além do que ela deseja ou está gostando.

  1. Estimule o ponto G

O ponto G é uma zona altamente sensível e prazerosa na vagina feminina. Não são todas as mulheres que têm essa zona definida, mas os homens podem experimentar estimulá-la massageando aquela área. O ponto G fica a cerca de 5 centímetros da entrada da vagina, na parede frontal. É possível estimular essa área através da introdução do dedo ou de algum vibrador.

  1. Utilize brinquedos eróticos

Alguns brinquedos eróticos, como vibradores e os chamados “dildos”, podem ser aliados na busca pelo squirting. Eles podem ajudar a estimular diferentes zonas erógenas da mulher, e aumentar a sensação de prazer. É preciso escolher um brinquedo conforme as preferências da parceira e estar atento para que o seu uso não cause desconforto ou dor.

  1. Explore as preliminares

As preliminares são uma parte importante da relação sexual, e podem contribuir para o squirting. Beijos, carícias, elogios, massagens e outras formas de estímulo podem ajudar a deixar a mulher mais relaxada e excitada. É importante que o homem preste atenção aos sinais de que a parceira está gostando da atenção, e que não se apresse em ir além do que ela deseja.

  1. Ajuste a posição sexual

A posição sexual pode ter um impacto na capacidade da mulher ter um squirting. Algumas posições, como a missionária, podem dificultar a estimulação direta da uretra, enquanto outras, como a posição de quatro ou a mulher por cima, podem aumentar a chance de sucesso. O importante é que o casal experimente diferentes posições e ajuste a que mais se adequa ao corpo e sensibilidade da parceira.

  1. Respeite o tempo da parceira.

Cada mulher tem o seu próprio tempo e ritmo para chegar ao squirting. Por isso, é importante que o homem esteja atento às necessidades e preferências de sua parceira, sem se apressar ou forçar a situação. A comunicação e o diálogo são fundamentais para que ambos se sintam confortáveis e seguros durante a experiência.

Lembre-se que o squirting não é uma meta obrigatória na relação sexual, e que o mais importante é que ambos estejam aproveitando a experiência e respeitando os limites um do outro. A busca pelo prazer deve ser prazerosa e segura para ambos, independentemente do resultado alcançado.

E por último, e não menos importante, aproveitem, experimentem e se deliciem. Que vocês tenham momentos maravilhosos.